sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

INVICTUS by Leonel Guillermopietro & Victaleano Leon C.

Robôs... Um misto de máquina e autômatos que tem encantado o imaginário humano por décadas e nas mais diversas formas de literatura e se apresentado como “prometus” dotados de força, grandeza exuberante, verdadeiros “colossos”! Aqui, em particular nos quadrinhos, apresentamos INVICTUS, um grande robô que aportou em terras brasileiras através do suplemento da GAZETA/SP, A GAZETINHAS #327 de 15 de Março de 1938.
INVICTOS, foi publicado em 13 pranchas sob o título de “O TROTAMUNDOS”, escrito por LEONEL GUILLERMO PRIETO,  e ilustrações de  VICTALENO LEON C. A novela era distribuída pela SERVICIOS PERIODISTICOS INTERNACIONALES, do México, nos levando a crer que sua origem e criação sejam também mexicanos, como bem revelam também seus autores.
As pranchas terminam abruptamente na edição do Suplemento da GAZETA – A GAZETINHA #368 de 21 JUN 1938, na edição das terças, sem nenhuma explicação e que numa nota, mais à frente, na edição 375, informa:
“O Trotamundos – Devido a um imprevisto atraso na remessa do material enviado dos Estados Unidos, deixamos de publicar a continuação da sensacional história “O Trotamundos”. A mesma, entretanto, será reiniciada em um dos nossos próximos números”.
Terminando assim a novela e, ficando sem a conclusão da temível história que, somente em 17 de Dezembro do mesmo ano teria continuidade na edição # 445.  Entretanto, a falta do material da novela “TROTAMUNDOS”, permite a GAZETA, através de seus artistas, AUROM (Álvaro Moura) e MESSIAS (Messias de Melo), darem vazão ao uma nova “fênix”, surgindo aos invés de INVICTUS, o gigante de ferro: AUDAZ – O Demolidor, considerado até então, uma criação genuína...
Os personagens originários da novela de LEONEL GUILLERMO PRIETO e VICTALENO LEON C., eram os mesmos de AUROM e MESSIAS. Gregor - o Audaz, Dr. Blum, mantém seus mesmos nomes na adaptação dos brasileiros. Na novela mexicana o Gigante de Ferro e seus integrantes eram vilões e na versão brasileira passam a serem mocinhos. A novela originária começa com um ataque de Gregor  - o Audaz e Dr. Blum, com sua máquina de ferro, à cidade de New York, que após intensa batalha, bombardeios e tiros de canhões dos couraçados, inúteis - Gregor vai pedir a rendição da cidade e a direção do governo. Nesse entremeios Gregor sofre um atentado, quando então termina a novela...
AUROM (Álvaro Moura) e Messias de Mello retomam o projeto, no início como uma “adaptação”, como bem está escrito no canto da primeira página, depois como uma novela totalmente nova...
Tanto O INVICTUS dos autores mexicanos como o AUDAZ dos autores brasileiros, são máquinas movimentadas e controladas por tripulantes a partir de um cockpit. Na versão brasileira o robô parece ser mais alto, comparativamente com as referencias apresentadas no desenho. Por exemplo, o INVICTUS parece ter aproximadamente uns 150 metros de altura, considerando sua relação com Estátua da Liberdade ( partir do fundo do mar) e, O AUDAZ já por se apresentar na mesma altura do Pão de Açúcar, supõe-se mais de 300 metros. Ambos apresentam mobilidade extrema e armas, bem como raios e aparelhos de imagem e som. A versão brasileira incluí mais um personagem – Jaques Enes, O Garoto Dourado, que passa a integrar a equipe do AUDAZ.
Na versão brasileira, notadamente originária de uma demanda por falta de material, se apresenta com mais personalidade e transporta o personagem a outro patamar, tornando-o um herói. Este fato não foi um caso isolado nos quadrinhos, onde as recriações e ou emulações se tornam melhores que as fontes. Um caso clássico no cenário mundial, foi a criação do Miracleman a partir do Capitão Marvel, também por falta de material.
Por fim, resgatamos este personagem para conhecimento dos novos leitores e para incentivar a pesquisa sobre o mesmo e seus autores, dos quais nada se registra...
No excelente blog do Quim Trussel - Quadripop, tem um texto primoroso sobre o tema. 
Boa leitura AQUI NO MEU ISSUU
Lancelott.

6 comentários:

Dourado disse...

rapaz, e eu tinha percebido esse "Adaptação de Aruom" e comentei com o Quim no Facebook, num primeiro comentário ele disse que poderia ser marketing...

caramba!

forsadetartaruga disse...

Puxa, que pena que o Audaz não foi o primeiro, mas foi o segundo e isso já é na frente dos demais. Que se faça justiça ao Invictus e ao Audaz, são irmãos de América Latina.

Daniel Suárez disse...

Eu gostaria muito de comhecer essa história. Até porque os desenhos dessa época são maravilhosos. Eu tenho uma edição especial do Garra Cinzenta, que guardo com carinho.

Daniel Suárez disse...

😊👍👍👍👍👍

Lancelot disse...

Que bom que gostou, meu amigo,,,

Lancelot disse...

Daniel, meu email é scanscomis@gmail.com me dá um toque nele que eu te passo o PDF...