segunda-feira, 2 de maio de 2016

MR. JUSTICE by Joe Blair & Sam Cooper


MR. JUSTICE, personagem da Golden Age (EUA), publicado na década de 40  pela MLJ  (Archie) Comics, estreando na revista Blue Comics#09 de Fevereiro de 1941. O fantasma foi uma criação de Joe Blair e Sam Cooper. Fantasmas eram comuns nos quadrinhos de então, apesar de serem mais familiares no gênero terror e Mr. Justice era mais um que viria ao mundo dos mortais para expiar seus pecados e se reconciliar praticando o bem, mas como um “super-herói” e não um fantasma qualquer...
Mr. Justice, por um breve período, foi a estrela da MLJ, roubando a cena e se tornando o principal personagem da editora, com destaque para todas as capas até a edição da Blue Ribon#19, quando o bandeiroso Capitão Flag passa a figurar na onda dos heróis patrióticos. A grande maioria, quase todos os roteiros do personagem, foram escritos por Joe Blair e a arte fenomenal de Sam Cooper. Identifiquei também ainda como roteirista - Ed Bresnick e como desenhistas,  Warren King e Jim Phillips. Na revista JACKPOT, publicada nos períodos de inverno, verão, outono, e primavera, nas últimas duas aventuras,  tivemos a participação de outros artistas com traços que não foi possível identificar a autoria.
Mas quem foi este fantasma?   Bem,  esta é uma história antiga, literalmente...   Ele fora antes, por volta de 1040 na Inglaterra, o Príncipe James,  assassinado por compatriotas e um castelo na fronteira com Escócia. Mas, durante o ato, contam as lendas que o espírito do príncipe se libertou de seu corpo, materializando-se e por vingança, estrangulou todos os seus algozes.  Ainda nas lendas cantadas, dizem que seu espírito dissolveu-se nas pedras do castelo, tornando-se parte permanente da estrutura. Mais tarde, sob a ameaça da Segunda Guerra Mundial, o Castelo de Solway, considerado uma relíquia histórica é desmontado pedra por pedra e enviado para solo americano em um navio cargueiro.  Porém, já perto da costa americana o navio é afundado por submarinos inimigos, depositando sua carga preciosa no fundo mar.  Este ato de guerra, entretanto, provoca a libertação do Espírito do Príncipe James, que se declara “livre” da sua clausura nas pedras do castelo.
Seu espírito liberto em solo americano, ainda como um cavaleiro medieval de capa e espada, torna-se tangível e adequa-se aos modos da época.  Logo mete-se em uma aventura involuntariamente e  liberta em dado momento o “Espírito do Príncipe James”,  enquanto seu “novo” corpo mortal adormece (aparentemente seu corpo mortal é indestrutível).
Ao libertar uma mocinha de um sequestro, ela o chama de “Mr. Justice”,  nome que o “fantasma” passa a adotar também na sua forma civil. Com poderes além da imaginação ( não muito explicados ) surge mais um  combatente do mal nos quadrinhos americanos.
Segundo o pesquisador brasileiro Jose Pinto de Queiroz Filho, admirador dos quadrinhos da Idade do Ouro, fã declarado do Mr Justice, o personagem teve 16 histórias publicadas no Brasil de 1943 a 1947. Foram 11 aventuras no Gibi Mensal nas edições: 31A a 37A, 42A a 45A e 80A; 5 aventuras do Globo Juvenil Mensal nas edições: 45, 46, 60, 80 e 81 e na  SHAZAM, uma aventura na edição #18.
Compilamos todas as aventuras do personagem consideradas de domínio público (Blue Ribbon Comics #09 a 19/Jackpot Comics #01-06), baixadas do sensacional Digital Comic Museum  em um só compêndio, para leitura e pesquisa.

Para ler e conhecer basta  clicar AQUI.
Lancelott



sexta-feira, 22 de abril de 2016

THE COMET by Jack Cole

THE COMET, TRIBUTE TO JACK COLE - 1940
THE COMET, foi um personagem da Golden Age Americana, publicado pela MLJ Comics - depois Archie Comics, na década de 40.  Seu criador foi Jack Cole, criador também de outros personagens - Plastic Man entre outros como The Claw e Midnigth.
The Comet foi publicado na revista da MLJ, PEP Comics, em 17 números seguidos e nunca apareceu em uma capa sequer, muito embora fosse costume uma espécie de “crossover” dos personagens da revista, sempre representados em uma ação conjunta na capa. AMLJ Comics era muito conhecida pelos seu sócios Morris Coyne, Louis Silberklein e John Goldwater.
O herói era uma revolução para os padrões éticos da época, ou por uma falta de avaliação melhor,  seria até comum agir fora destes padrões(?!)... The Comet matava! Ele era vingativo e sedento de sangue, bastava abrir seu visor e derreter criminosos ( e até um policial ). Sem “ver-nem-praquê” jogava do alto do céu os pobres bandidos para se espatifarem lá embaixo... Caramba! Para bloquear sua visão de morte ele usa apenas um óculos de vidro com visor que levanta e baixava.  Interessante, que neste particular e muito semelhante, duas décadas depois surgia o Cyclops (X-Men) de Kirby e Stan Lee, como um conceito “novo”.
Seus poderes de vôo e os raios ópticos foram frutos de experimento científicos, uma moda científica naqueles anos. O jovem John Dickering se injeta um gás mais leve que o hidrogênio nas veias ( Whertham ficava maluco..ahahah!!!) e assim ele poderia voar, com o tempo, os efeitos colaterais da droga o faz expelir raios mortais incontroláveis que desintegrava tudo que ele observava. Para barrar o efeito, vidro comum. Pronto! Assim surgia mais super-herói—The Comet.
Apesar da curta duração, o personagem tem uma história singular para os comics. Foi, até onde pude pesquisar, o primeiro super-herói a morrer nos quadrinhos americanos.  The Comet arrumou uma treta com o gangster barra pesada chamado de “Big Boy” Malone, que terminou assassinando o herói na edição de número #17 (julho de 1941). O crime deu origem a outro personagem denominado The Hangman, que na verdade era o irmão de Jonh, Bob Dickering que presenciou toda fatídica cena. Os bandidos de Malone  confundiram Bob com Jonh e o sequestraram. The Comet/John vai para resgatá-lo e na ação termina assassinado. Bob, cheio de ódio e sedento de vingança, jura sob o corpo do irmão dar um fim a todos os criminosos da cidade, surgindo The Hangman, aqui no Brasil - O Carrasco! Para isso, inclusive, passa a namorar a garota do irmão, que coisa! Apesar da criação inicial ser de Jack Cole,  este cast era de Cliff Campbell e George Storm que passam a ter os créditos de The Hangman.
Um aspecto que não se pode negar sobre esta fato inusitado nos quadrinhos, era que na época corria uma briga judicial contra todos que fizessem personagens “parecidos” com o Superman e The Comet tinha uma visão mortal e voava ( isso bastava ), possivelmente, este foi o verdadeiro motivo dos autores “matarem” o herói.
Aqui no Brasil, em fevereiro de 1942, o Globo Juvenil Mensal #16, publicava mais uma história do COMETA, um caso de sabotagem na Companhia Construtora ACME.  No fim da HQ, uma chamada, como de costume: “Outra aventura do Cometa, em março”. E conforme o prometido, no número seguinte, de março de 1942, lá estava o herói. Só que o título da história era: “Morre o Cometa, Nasce o Vingador!” Os fãs ficaram atônitos... Uma grande coincidência  é que The Comet termina da edição PEP Comics#17 e no Brasil, no Globo Juvenil Mensal#17.

Para LER em CBR, baixar AQUI!

Lancelott.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

NEMESIS -Richard E. Hughes & Pete Constanza

NEMESIS , O FANTASMA DE UNKNOWN

NEMESIS, foi um personagem da Era de Prata Americana, publicado pela American Comics Group—ACG, na década de 60.  A Editora tinha como carros chefes os quadrinhos de animais, horror, ficção científica, guerra, humor, mistério, western, romance e uma variedade de subgêneros, menos “super-herói”. Este gênero ficou fora da grade da Editora por quase 20 anos.  Mas, talvez pela tendência nesta década de uma “chuva” de super-heróis, tenha sido impossível resistir.  Apesar da ACG ser dirigida pelo veterano da Indústria dos Quadrinhos da Golden Age, Richard E. Hughes, que escrevera para títulos assim, como The Black Terror e Red Woman, cedeu e publicou na sua linha fantástica, dois caras de “cuecas” - Nemesis e Magic Man e por fora, o satírico e não menos interessante - Herbie.

A ACG, começou suas publicações com o gênero terror na década de 40, sobrevivendo ao famigerado Comics Code Authority, até meados da década de 60, como uma relíquia a publicar o terror/fantástico, claro, com uma pitada inteligente de fantasia moderada.

O personagem foi criado por Richard E. Hughes (assinando como Shane O’shea) e Pete Costanza, em Fevereiro de 1965, publicado na Adventures into the Uknown#154.  O personagem foi publicado por 14 edições seguidas, uma participação com Herbie e Magic Man e depois desapareceu... O personagem pertencia ao “universo”  UNKNOWN e dali derivam seu estilo de aventuras, sempre interagindo com o feeling da ACG, numa alusão a revista na qual era publicado.

NEMESIS, era um espírito, um fantasma destinado a cumprir a sua incompleta missão que não conseguira enquanto vivo. Era na verdade o investigador  Steve Flint do Departamento de Justiça dos EUA que ao perseguir o mafioso Goratti, terminou assassinado por ele, atropelado por um trem. Ganhou o direito de retornar, claro, todo municiado com esta roupa de “super-herói” fantasma e alguns poderes como voar, força extrema, invulnerabilidade (embora um fantasma não precise...) entre outros... E assim, mais um “fantasma vingador” nos quadrinhos americanos.

Esta compilação tem por objetivo divulgação e pesquisa da memória dos comics. Voce pode conhecer free basta

clicar AQUI.



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

BOB PHANTOM, The Scourge of The Underworld - Herry Shorten & Irving Novick - 1930

BOB PHANTOM, THE SCOURGE OF THE UNDERWORLD


BOB PHANTOM foi uma criação de Harry Shorten & Irv Novick, publicado inicialmente na revista Blue Ribbon Comics#2 em dezembro de 1939, da M.L.J Magazines. O personagem saiu nas edições #02 e#03 da revista Blue Ribbon Comics (1939/1940) e depois, nas seguintes edições #03 a #25 da Top Notch Comics (1940/1942) e “desapareceu”...
Apesar destas 25 “aparições” nas revistas da M.L.J., nunca figurou em nenhuma de suas capas. Os roteiros, a maioria, apesar de não assinados, parecem sugerir ser de Harry Shorten e entre os desenhistas, além de Irving Novick, tinha também Gerry Thorpe, depois Bernard Klein (aliás, Bobby King), Mort Meskin, Ramona Patenaude e Warren King. Um outro escritor também assinou um dos roteiros como Joe Blair.
Estes dados só foram possíveis, graças ao excepcional site americano The Grand Comics Database (GCG), que tem uma pesquisa muito ampla e cruzada com todos os comics de seu acervo, sendo uma das minhas fontes aqui de pesquisa e para informar ao início de cada HQ, neste projeto, os dados técnicos a cerca das somente 25 histórias publicadas.
Antes finalizar, vale dizer que esta década e duas mais à frente, foram muito férteis nos comics e que muitos personagens definharam e ou foram mesmo obscuros, mas com fantásticos atributos que, principalmente na década de 60, foram “reinventados” em outros, como se fossem grandes novidades, basta ver o THOR de Pierce George Rice, O Cometa e o Plastic Man do Cole bem como até mesmo o Frankstein, esquecidos, se tornam novidades nos poderes do THOR da Marvel, nos olhos do Cíclope na elasticidade do Mister Fantastic e na força do Hulk...Temos uma grande admiração pelos comics, a esta fantasiosa maneira lúdica de ver um futuro improvável, povoado de super homens que “um dia viria nos redimir”, um ciclo da esperança humana, contida na singeleza das “mentiras”, das lendas, dos quadrinhos e sempre, uma vã esperança de vencer! Quem sabe, um dia, nos BAMFS! do Noturno não encontremos um BOB PHANTOM?
Espero que curtam a coletânea, que nada mais é que uma compilação com intuito de preservar uma memória e aviltar uma discussão. Boa leitura!

Para baixar e ler:

Media Fire - AQUI